Toda criança é vista como portadora do futuro do mundo. Mas, a vulnerabilidade da sua proteção e segurança do seu desenvolvimento social e psicológico pautado na normalidade e na manutenção do equilíbrio do ambiente em que está inserida, se expressa como requisito que ainda exige cuidados.
Se um dia os homens souberem raciocinar sobre a formação dos seus filhos como o bom jardineiro raciocina sobre a riqueza do seu pomar, deixarão de sentir os eruditos que, nos seus antros, produzem frutos envenenados que matam ao mesmo tempo quem os produziu e que os come. Restabelecerão valorosamente o verdadeiro ciclo da educação: escolha da semente, cuidado especial do meio em que o indivíduo mergulhará para sempre as suas raízes poderosas, assimilação pelo arbusto da riqueza desse meio. A cultura humana será, então, a flor esplêndida, promessa segura do fruto generoso que amadurecerá amanhã. (FREINET, 1991, p.7)
Presencia-se atualmente, outra geração em que, com medo de repetir os percalços do passado, dá-se muito poder aos filhos, que por imatura competência submetem os pais à tirania das suas vontades.
O enfraquecimento da autoridade dos pais, como conseqüência direta da falta de valores, permite que as crianças hoje sejam informadas de certas coisas muito precocemente e tomem contato com assuntos inadequados a sua idade. Por falta de uma disciplina firme, ditada por uma autoridade autentica vinda dos pais, as crianças vêem tudo o que querem na TV, em revistas e em videogames, nos horários em que bem entendem, sem que haja um direcionamento dessas informações que recebem.
(POLI, 2009, p.15)
Ao pensar a aprendizagem do educando, vislumbra-se o contexto familiar e escolar ligados diretamente à formação do ser humano.
Bossa (2000) lembra que “até o início da vida escolar do educando, a família é a única responsável pela formação psíquica da criança”. Portanto, algumas práticas familiares se embasam nos elementos fundamentais como valores éticos e morais, bons pensamentos e desejos para a efetivação da aprendizagem do educando.
Libâneo (1985, p.67) evidencia que “o que um aluno é, depende daquilo que o meio social permite que ele seja. A ação pedagógica pressupõe a compreensão do significado social de cada comportamento, no conjunto das condições de existência em que ocorre”. Neste contexto, entro em concordância com Bossa (2000) quando considera que o peso da participação da família é essencial, não somente ao longo do processo de aprendizagem, nem somente ao longo da vida escolar, mas desde o nascimento da criança. E, neste século XXI, em que pais e mães trabalham fora, para manter a família constituída, os filhos ficam a mercê de outras pessoas, estranhas à família e muitas vezes, sem preparo para educar com responsabilidade. Para compensar a ausência dos pais, quando estes estão em casa, junto dos filhos, acabam deixando-os fazer o que bem entendem o que bem querem e, de posse da liberdade posta pelos seus genitores, abusam.
Faz parte da educação, assumir a responsabilidade de estabelecer regras e limites, participar do desenvolvimento da auto-estima e propiciar uma comunicação de mão dupla com os filhos.. (Bruscagim apud PELT 2006, p.3)
Os pais que se fazem presentes na educação e na aprendizagem dos filhos estão estabelecendo a comunicação de mão dupla.
O embasamento tecnológico e científico é o alicerce que garante a qualidade do ensino, mas, recai na figura do profissional docente, o papel de encantar, de seduzir, de fascinar em sua jornada e, a exigência de que este seja um sujeito ativo, criativo, que possua a capacidade de superar os preconceitos e as dificuldades da profissão. E, que esteja apto a agir com segurança e repúdio frente aos interesses particulares e vantagens individualistas.
Excelente espaço que você criou Glade... Parabéns!!! Adorei a iniciativa.
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