Treinamento Profissional e Formação Continuada na Educação

quinta-feira, 10 de julho de 2014

COMO FICA O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM FRENTE AOS DIFERENTES PAPEIS DA ESCOLA E DA FAMÍLIA?


Existe uma real parceria entre pais e escola? 
Que escolas promovem palestras e reuniões úteis e práticas para orientar os pais de hoje? – perdidos, movidos por culpa e excesso de proteção.

Escola e pais têm papéis diferentes, um não supri ou substitui o outro. Mas há algo em comum entre elas além do aluno/filho – o comprometimento com a proposta, que deve ser a mesma.
Muitos pais têm visões sobre como educar o seu filho que diverge e muito em relação à filosofia da escola.

Como fica então o desenvolvimento do aluno/filho?

Cada um defende um valor, segue uma conduta diferente em casa e na escola e a criança fica entre gregos e troianos, sem saber que direção tomar. E tudo isso na cabeça de criança é muito abstrato e instintivo. Ela não entende nada sobre papéis, comportamentos, métodos, crenças, pedagogia, valores… 
Aos poucos, sem querer, ela passa a assumir diferentes papéis dependendo da circunstância, ou melhor, local. Se ela está em casa ela age de um jeito, na escola de outro. Concordo que são ambientes completamente diferentes e que exigem do pequeno interações e comportamentos diversos. Mas há um eixo, um núcleo que deve ser mantido – o limite, por exemplo. 
O limite que escola dá para a criança é o mesmo que os pais definem em casa?
Quais são os acordos que a escola e pais fazem com a criança? 
Acordos são cruciais na vida da criança. É a linha mestra que ela deve permear para estabelecer um vínculo com ela mesma e com os que a circundam. E acordos diferentes, ou muitas vezes antagônicos, tornam crianças confusas, inconsistentes e sem direção. E é esse perfil que ela irá carregar no futuro, na sua vida adulta.

Como educadores e pais podemos facilitar a vida da criança estabelecendo papéis complementares e que miram o mesmo horizonte.

Pais e escolas deveriam ter uma parceria bastante ativa nesse processo. Por meio de palestras, reuniões ou indicações de leituras, essa dupla poderia estabelecer uma linguagem, postura comum para que o desenvolvimento da criança não sofresse tantas modificações de regras no meio do jogo, ou até o que é muito comum, uma educação sem regra nenhuma. O que vale é pelo lado da escola, manter o cliente, seja por corrupção da proposta, por criar estruturas atraentes aos pais e , no caso os pais, o objetivo é facilitar a vida deles, seja por omissão o excesso de permissão. É muito mais fácil deixar o seu filho assistindo por horas os “sagrados” DVDS para que você possa fazer algo mais interessante e legal do que ficar com o seu filho ou pagar o preço que for para que uma babá, sem instrução alguma, o faça companhia. A falta de tempo já não é mais desculpa, pois o pouco tempo que os pais têm para ficar com os seus filhos, sempre há algo mais importante para fazer, e dar atenção ao filho é, cá para nós, muito chato, não?

É triste, mas existe muita mentira e hipocrisia entre amores e valores e o único que realmente sofre conseqüências nesse jogo de empurra é a criança. Faço então um apelo para você que é educador ou pai: dedique-se, mas dedique-se ao máximo que puder quando estiver com seu aluno ou filho, dê a ele tudo o que precise – seja um afetuoso abraço, um olhar que vale mais de mil palavras, uma bronca na hora certa e saiba que tudo o que você fizer com amor e valor será eterno e fará parte de toda a trajetória de vida desse ser, que depende de como você o conduz no presente para determinar o que ele irá se tornar no futuro.

                                                                                                                                             (Cintia Auilo)

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